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Operação

Polícia Federal deflagra Operação contra fraudes em licitações no Oeste

A Operação Apocalipse cumpre mandados em São Miguel do Iguaçu e Missal

Publicado em 07/10/2020 às 08:15

(Foto: Reprodução)

Desde o começo da manhã desta quarta-feira (07), agentes da Polícia Federal estão nas ruas em cumprimentos de mandados da Operação Apocalipse. Estão sendo cumpridas 130 ordens judiciais, sendo duas de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 51 mandados de busca e apreensão e 44 ordens de afastamento de sigilo bancário e fiscal. Além destas medidas, por meio de 30 ordens específicas, foi realizado o bloqueio de ativos financeiros e a constrição patrimonial na ordem de 20 milhões de reais.

De acordo com as primeiras informações, as ações acontecem de forma simultânea nas cidades de São Miguel do Iguaçu e Missal. A operação tem relação com investigação de fraudes em licitações da prefeitura, onde teriam sido desviados mais de R$ 60 milhões.

Todas as ordens foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ᵃ Região, que tem jurisdição nos estados da região Sul do Brasil. A investigação tramita neste Tribunal porque um dos investigados possui foro por prerrogativa de função.

As investigações revelaram indícios de práticas delitivas perpetradas por uma organização criminosa infiltrada no Poder Executivo de um município localizado na região Oeste do Estado do Paraná, especializada em fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, falsidade e uso de documentos e lavagem de capitais dos ativos ilicitamente angariados.

De forma resumida, o esquema criminoso iniciava por meio de fraudes em processos licitatórios das secretarias de relacionadas à saúde pública, limpeza urbana e esporte e cultura.

Os elementos angariados demonstram que as empresas selecionadas, algumas delas apenas de fachada, estavam relacionadas, direta ou indiretamente, a um empresário municipal. Com os contratos em vigor, foram realizadas inúmeras manobras que possibilitaram o desvio de recursos públicos e enriquecimento ilícito daqueles que foram identificados como os supostos líderes da organização criminosa. Essas práticas possibilitaram uma exponencial evolução patrimonial de alguns investigados, cujos bens estavam ocultados em nome de 'laranjas', mas foram revelados ao longo da investigação.

No período de 2013 a 2020, em 25 procedimentos licitatórios, foram movimentados mais de R$ 60 milhões de verbas públicas por meio de 25 contratos fechados com as empresas do grupo.

Foram encontrados indícios de que até o procedimento licitatório relacionado ao combate da pandemia causada pelo novo coronavírus foi manipulado pela organização criminosa.

A operação, batizada de "Apocalipse", tem este nome relacionado ao padroeiro da cidade onde os fatos foram praticados, Arcanjo Miguel, o qual é reportado no livro de Apocalipse como um guerreiro na luta contra o mal.

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