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APS emite nota sobre prejuízos do produtor de suínos

Produtores continuam amargando prejuízos, enquanto o preço no varejo aumenta

Publicado em 09/12/2020 às 08:15

(Foto: Preto no Branco)

“Enquanto o preço do produto sobe no varejo, o produtor não consegue auferir lucratividade à sua atividade, e esse quadro tem persistido nos últimos anos devido às constantes oscilações no mercado do suíno vivo no Brasil”. A observação é da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), em Nota à Opinião Pública lançada em razão das constantes oscilações no preço do suíno vivo, que não atendem às necessidades dos produtores do mercado independente, que continuam amargando prejuízos, enquanto o preço no varejo aumenta, assim como aumentam as exportações brasileiras da carne suína.

Segundo a APS, “o produtor não consegue alcançar uma margem de lucro que seja satisfatória ou que faça frente aos custos de produção. Na maioria das vezes ele continua operando, mesmo no prejuízo, e mantendo os níveis de produtividade em alta, atendendo também a todas as exigências sanitárias e ambientais, de manejo, bem estar animal e de toda a biosseguridade nas granjas”.

De acordo com o presidente da APS, Jacir Dariva, a entidade representativa da classe dos criadores de suínos do Paraná se mantém atenta a tudo isso e está também mobilizada junto aos órgãos competentes. “Mas é importante que o consumidor tenha conhecimento dessa situação, muito embora reconheça que não é da competência da associação da classe dos suinocultores regular o mercado, que tem suas próprias regras, mas que na maioria das vezes esse processo de elevação do preço no varejo não traz nenhum benefício a quem está no início da cadeia produtiva, no caso, os produtores”, acentua Dariva.

Mesmo assim, Dariva destaca que “resta à APS dar suporte ao produtor e às autoridades para que a atividade transcorra dentro das exigências do mercado consumidor, contribuindo para que o produtor encontre melhores meios para se manter na atividade”.

Na nota, a APS destacou, também, a elevação do consumo da carne suína, nas suas mais diversas formas, “desde a famosa feijoada até os leitões assados de diferentes maneiras e com vários acompanhamentos e molhos”. E que “os programas de culinária na TV e nas mídias sociais têm dado espaço à carne suína, e os chefs têm reconhecido seu valor nutricional e sua ótima harmonização, inclusive usando-se cada vez mais a banha na elaboração de seus pratos, por ser extremamente saudável”.

Isso se deve, em grande parte, ao empenho do sistema suinícola em destacar a saudabilidade da carne suína em busca de fomentar o consumo. “Nos últimos anos, após intensa campanha do sistema suinícola, denominada “Mais Carne Suína”, e de ampla divulgação pela mídia das medidas que garantem sanidade animal nas granjas, as vendas se aqueceram, tanto dos produtos elaborados à base dessa proteína animal, quanto da própria carne suína in natura e seus diferentes cortes”.

No entanto, a APS assevera que “a população talvez não saiba é que mesmo com o aumento do consumo, os suinocultores, em especial os do mercado independente, continuam amargando graves prejuízos, e que nem o aumento das exportações de carne brasileira em razão de episódios ocorridos recentemente na Ásia, fomentando o comércio mundial de carnes, isso foi suficiente para compensar de forma justa a quem produz com qualidade a saborosa carne suína que está à mesa da população que a aprecia”, conclui.

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